quarta-feira, 13 de maio de 2009

Do Banco para a Loja de Família


Do banco para a loja da família
Desde 1980 conduzindo negócios na empresa que teve o pai como um dos fundadores, Otelmo Drebes começa a preparar os filhos para comandarem a Lebes, rede de varejo com atuação no Interior

Otelmo Drebes tem a mesma idade do negócio que o pai abriu com 12 sócios em São Jerônimo: 52 anos. Nessas cinco décadas, o que era um armazém de secos e molhados se transformou em uma rede com 90 lojas espalhadas por 67 municípios gaúchos. Superintendente da Lojas Lebes, da qual é sócio com o pai e os dois irmãos, o empresário já prepara os filhos para o negócio da família.


Negócio com o qual começou a se envolver ainda criança e adolescente, ajudando a empacotar produtos ou atender no caixa. O pai, Otélio, e outros produtores da região vendiam, em cidades próximas, produtos agrícolas e de origem animal, como feijão, milho, arroz e banha. Daí a ideia de se unir para criar um ponto-de-venda no centro de São Jerônimo. Ao longo dos anos, os Drebes foram comprando as partes dos outros sócios.


Considerado pela família como um exemplo, o patriarca, aos 74 anos, segue trabalhando na empresa. Sua formação foi essencialmente prática. Se estudou até a 5ª série, os três filhos cursaram faculdade e cuidam juntos do negócio: Arlete, 44 anos, responde pelo setor financeiro, e Jaime, 47 anos, pela área comercial de confecções. Mas foi mesmo o primogênito, Otelmo, nascido em Bom Retiro do Sul, que liderou a expansão a partir de 1981:


– Começamos a ser mais ativos no mercado. As filiais foram uma necessidade de crescimento. Como a região é relativamente pobre, o potencial de resultados era pequeno em um só lugar – afirma o superintendente.


Nesse percurso, houve uma alteração de rota. O armazém original acabou gerando também uma rede de supermercados. Mas o ramo foi gradativamente abandonado para a abertura de lojas de varejo.


Tanto Otelmo e a mulher, Margareth, 51 anos, quanto os dois filhos, Priscila e Otelmo Drebes Junior, de 25 e 22 anos, respectivamente, são formados em Administração de Empresas. Só quem não trabalha na empresa é o caçula. Quer dizer, ainda não.


– O Drebes Junior estuda em Oxford, fazendo cursos de business. Quando voltar, será convidado – avisa o pai.


O próprio empresário, para abraçar o negócio da família, abdicou, em 1980, de um emprego concursado no Banco do Brasil, onde trabalhou por seis anos.


– Não me sentia realizado, então saí para receber um terço do que ganhava no banco. Mas era a empresa da família, era uma opção de futuro – justifica.


Para que os filhos agora sigam o mesmo caminho, a estratégia foi copiada dos pais: nunca falar de problemas em casa. Se os pais voltam do trabalho e ficam só reclamando que determinado funcionário o incomodou ou que não conseguiram quitar determinada conta, o filho vai se mandar.


– A gente sempre procurou falar das coisas boas, isso faz com que os filhos queiram seguir a carreira dos pais – ensina.


E como família é importante, Otelmo mantém o hábito de almoçar em casa com a mulher. Para relaxar, joga tênis, tanto que montou uma quadra em casa. O empresário também frequenta academia – chegou a montar uma em casa. Pela proximidade com a Capital, onde tem um apartamento, viaja seguidas vezes para pegar um cineminha, teatro ou apreciar delícias da culinária em restaurantes.


Férias? Nada disso. O que faz são escapadelas aproveitando viagens ou feriadões. Mas carrega o trabalho no bolso. Implantou o uso do BlackBerry entre cerca de 40 dos 2,2 mil funcionários. E tem outro hábito do qual não abre mão: no dia do aniversário dos gerentes, liga para cumprimentá-los.


– A gente procura ter um contato próximo com os funcionários – enfatiza Otelmo.


É o estilo família Drebes.


Acesse: www.lebes.com.br


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